Gesto de solidariedade inesperado rendeu choros e sorrisos como resposta. Estudantes percorreram ruas e praças na manhã deste sábado (15).
Voluntários aproveitaram a movimentação na manhã deste sábado (15) no Centro de Teresina para distribuírem abraços grátis as pessoas que passavam pelas principais praças da cidade. O gesto de solidariedade inesperado para alguns populares rendeu choros e sorrisos como resposta.
Para o estudante Rodrigo Ribeiro, 17 anos, integrante do grupo, o encontro de voluntários para troca de afeto com pessoas desconhecidas era feito inicialmente somente em datas comemorativas e a cerca de um mês eles passaram a marcar o movimento em alguns finais de semanas. Ele lembra ter se inspirado em trabalho social já praticado em outras regiões do Brasil para mobilizar voluntários na capital piauiense.
“A ideia e todas as conversas aconteceram nas redes sociais, mas até hoje nossas reuniões são feitas por lá. Marcamos os dias e os pontos da cidade para distribuir os abraços. Neste sábado, por exemplo, começamos na Praça Pedro II e viemos percorrendo as principais ruas e praças do Centro”, comentou.
Rodrigo revelou sentir felicidade em fazer parte do movimento e que as pessoas esquecem de praticar gestos simples e ficam surpresas quando recebem o abraço, já outras nos abrem o sorriso e já vêm em nossa direção quando lêem as nossas placas pedindo o gesto. “Abracei uma senhora que havia perdido a filha há pouco tempo. Durante o gesto ela caiu em lágrimas, pois a filha tinha o costume de abraçá-la e ela declarou que seria falta disso”, destacou.
Estevany Mesquita, de 48 anos, foi uma das pessoas abraçadas pelo grupo. Ela declarou ter sido uma sensação boa e não teve como fugir do gesto. “É só abrir os braços e deixar a emoção rolar”, disse emocionada.
Já Bernadete Pereira, 52 anos, contou ter visto os voluntários passando e na mesma hora saiu pulando de felicidade em direção a eles. “A juventude hoje está perdida, não querem saber do próximo, mas eles são um exemplo de que é possível jovens não serem somente individualistas e quererem saber somente da internet. Esses estudantes estão preocupados com o laudo humano e gesto simples assim faz a diferença para todos”, falou.
Com informações do G1