Alvo de 16 arrombamentos AMA Piauí passa por sérias dificuldades.
Fundada há 13 anos, a AMA atende atualmente cerca de 100 autistas. Direção corre atrás de doações para manter a associação funcionando.
A Associação de Amigos dos Autistas do Piauí (AMA-PI), entidade que presta assistência gratuita a portadores de autismo, principalmente para as pessoas carentes da cidade, está passando por sérias dificuldades para manter suas atividades.
De acordo com Maria Rosália Sousa Oliveira, diretora da associação, a AMA, existente há 13 anos e atende atualmente cerca de 100 autistas com idade entre 2 e 36 anos. “São pessoas que precisam de um acompanhamento individual, para serem estimuladas o tempo todo e fazer atividades como comer, ir ao banheiro, ler e escrever”, completou.
Para Rosália, o grande problema da Associação de Autistas do Piauí é a falta de estrutura para desenvolver um trabalho melhor.
“Hoje, nós contamos, de concreto, apenas com uma sede, que precisa de reforma, em áreas como a quadra de esportes, banheiros e teto. Precisamos de alimentação, além de outros elementos necessários para o bom andamento das atividades”, relatou.
Insegurança
A AMA funciona há dois anos em um prédio na Rua José Clemente Pereira, no Bairro Primavera Zona Norte de Teresina e, nesse período o local já foi alvo de 16 arrombamentos, o último ocorrido no dia 11 desse mês. Os ladrões roubaram vários objetos, deixando a entidade em situação difícil.
“Nós estamos buscando nos estruturar, pois já sofremos várias vezes com ações criminosas. Sentimos que por conta da doença ainda ser desconhecida para muitos, falta mais apoio dos órgãos governamentais”, afirmou Rosália.
A direção corre atrás de doações para manter a associação funcionando plenamente. “Estamos fazendo uma campanha para buscar doações e atender a população carente. É assim que estamos mantendo a entidade. Já nos inscrevemos em programas específicos para recebermos verbas públicas. Temos projetos que estão na Secretaria de Educação há muito tempo, mas até o momento não recebemos nenhuma resposta”, relatou.
Maria Rosália conta que os alunos atendidos pela associação foram convidados para participar das paraolimpíadas que acontece entre os dias 26 a 31 de agosto, mas sem a preparação adequada eles não poderão competir. “Preferimos não colocarmos eles em competição justamente porque falta um preparo melhor dos alunos, aqui não tem piscina e a quadra que possui é inadequada, como poderíamos colocar eles para participar da natação ou futsal sem treino”, indagou a diretora.
Atividades desenvolvidas
A associação oferece para os alunos acompanhamento como atendimento educacional especializado, acompanhamento aos alunos incluídos na rede regular de ensino, acompanhamento e orientação para famílias com assistência social, pedagogos e psicólogos. “Temos uma equipe formada por profissionais para atender da melhor forma possível esses alunos, pois eles necessitam do nosso apoio e nós precisamos do apoio de todos”, finalizou Rosália.
Quem quiser conhecer o trabalho da entidade ou ajudar pode entrar em contato, através dos telefones (86) 3316-3385 e 3221-4542.
Com informações do G1