10ª Semana dos Povos Indígenas começa nesta quinta (19)

A Semana acontece no Museu do Piauí e contará com debates, palestras, mostra artística e presença de remanescentes indígenas.

A Fundação Cultural do Piauí (Fundac), através do Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes, realiza, de 19 a 26 de abril, a 10ª  Semana dos Povos Indígenas que objetiva promover um amplo debate sobre os direitos dos índios piauienses, ressaltando sua importância histórica e fortalecendo sua identidade. A Semana traz uma série de palestras sobre a questão e a arte indígena, com presença de remanescentes da tribo Tabajara de Piripiri, representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), estudiosos da área e poder público.

Segundo a diretora do Museu, Dora Medeiros, a Semana vem sendo responsável pela manutenção da questão indígena em pauta no Estado. “Felizmente vivemos um momento onde os remanescentes indígenas do Piauí começam a se manifestar cada vez mais. E o Museu teve e continua tendo um papel decisivo nesse processo ao manter uma agenda de discussão anual com a realização da Semana. Agora, é preciso ir além do resgate. Precisamos ajudar na promoção desses direitos, mas isso passa por uma mobilização de toda a sociedade, envolvendo remanescentes, órgãos públicos, pesquisadores e pessoas preocupadas com a situação do índio no Piauí”, ressalta Dora.

De acordo com informações do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, o Estado possui quase 3 mil pessoas que se autodeclaram remanescentes indígenas, com 1.333 vivendo na área urbana e 1.611 na área rural. No ano 2000, eles eram pouco mais de 1.500. O que demonstra um crescimento na declaração dos remanescentes em relação à cultura e ao legado indígena.

Para Dora Medeiros isso confirma que os indígenas piauienses “estão ficando mais confiantes”. “Uma barreira grande já foi quebrada quando nem sequer se reconhecia que no Piauí havia índio por causa do quase extermínio e da migração em peso, principalmente, para o Maranhão. Mas pouco a pouco, os remanescentes vêm fortalecendo sua identidade. Quem pensa que índio urbano não é índio esquece que o desejo dessas pessoas de preservarem a sua cultura e memória é algo maior”, enfatiza.

Com informações Governo do Estado do Piauí.

 

 

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